Distúrbios durante o sono prejudicam a vida de pacientes

Muito boa a reportagem sobre os distúrbios do sono, vale a pena ler!
Insônia, apneia e parassonias são os mais comuns.
Depois de um dia corrido, nada mais justo que uma boa noite de sono para recuperar as energias. Mas nem sempre dormir é sinônimo de descanso. Muitos motivos atrapalham o repouso: de obstáculos que impedem a passagem de ar pela garganta a distúrbios psicológicos, a insônia pode ter origem das mais variadas.

Ao se deitar, alguns não conseguem dormir. Outros até conseguem, mas, mesmo sem perceber, despertam diversas vezes durante a noite – o que prejudica o descanso e, consequentemente, causa sonolência durante o dia. Os distúrbios são vários, assim como as causas. A insônia, um dos mais comuns, é uma consequência de outros problemas que atrapalham o sono.
Normalmente [a doença] é causada pela correria do dia a dia, que leva à ansiedade, tensões e preocupações que tiram o sono da pessoa – afirma o médico Shigeu Yonekura, neurologista e coordenador do Instituto do Sono, em São Paulo.
Além dos problemas psicológicos relacionados ao estresse, os distúrbios do sono podem também ter origem neurológica ou otorrinolaringológica – especialidade que trata das doenças de ouvido, nariz e garganta.
Problemas psicológicos
Os problemas de ordem psicológica são de diferentes origens, normalmente decorrentes de depressão, ansiedade e/ou estresse. A depressão, por exemplo, pode afetar o sono de duas formas distintas. No frio, a ‘depressão de inverno’ é uma doença recorrente em muitas pessoas. A temperatura diminui e, também, o ânimo das pessoas, que recorrerem ao sono com maior frequência para se refugiar das infelicidades.
Na depressão ‘comum’ a dificuldade é em pregar os olhos. Os problemas, assim como quando atingidas por estresse e ansiedade, levam as pessoas a não conseguirem dormir. A preocupação toma conta dos pensamentos, impedindo que o paciente consiga relaxar.
Problemas neurológicos:
Disfunções neurológicas também podem afetar o sono. Alguns distúrbios, como a parassonia, a narcolepsia e a síndrome das pernas inquietas, são os mais comuns.
A parassonia, por exemplo, se dá pela ativação do sistema nervoso central, que pode causar um despertar confuso, sonambulismo, enurese noturna – falta de controle urinário – e terror noturno que, durante a noite, pode provocar reações como agitação extrema, gritos, gemidos, falta de ar e comportamento agressivo e destrutivo.
São situações normais na infância, até os 12 anos mais ou menos, mas depois disso, quando o paciente sente que os sintomas continuam e começam a atrapalhar a vida da pessoa, ela deve procurar tratamento – ressalta o médico.
Outro distúrbio, a narcolepsia, é um tipo de dissonia caracterizada pela falta de controle em se manter acordado. A sonolência diurna chega a tal ponto que a pessoa acaba caindo no sono involuntariamente. É considerada perigosa por afetar o paciente até em tarefas cotidianas, como dirigir, podendo provocar sérios acidentes.
Já a Síndrome das Pernas Inquietas, também de ordem neurológica, causa sensações angustiantes, principalmente na região da panturrilha. O distúrbio – causado normalmente por uma carência de vitaminas, cálcio e magnésio – faz com que as pernas se movimentem muito durante a noite, atrapalhando, assim, o repouso. Em consequência disso, o paciente pode apresentar além de insônia, angústia, sonolência excessiva, cansaço e irritabilidade durante o dia.
Outros Problemas:
Um dos distúrbios mais comuns, a apnéia do sono causa pausas respiratórias que acontecem exclusivamente no sono. Ronco, cansaço e sonolência diurnos e déficit de atenção e memória são alguns dos sintomas, originados por diferentes causas.
Disfunções no sistema nervoso central – a Apnéia Central –, obesidade e hipertrofia da adenóide ou amígdala são os motivos pelos quais a respiração pára. O tratamento pode se dar de forma cirúrgica – com remoção de gordura ou redução dos obstáculos que impedem a passagem do ar – ou métodos alternativos, com aparelhos intra-orais que posicionam a mandíbula mais pra frente.
Outra saída é a utilização da máscara CPAP, um aparelho que estimula a respiração durante o sono – ressalta Yonekura.
Exame:
Para diagnosticar qual problema está afetando o paciente, deve-se fazer a polisonografia, um exame que monitora o sono da pessoa durante uma noite inteira – afirma o médico.
O teste permite verificar potenciais elétricos da atividades cerebral, dos batimentos cardíacos, os movimentos dos olhos, a atividade muscular, o esforço respiratório, a saturação do oxigênio no sangue, os movimentos das pernas e outros parâmetros que vão identificar de qual distúrbio a pessoa sofre.
Fonte: Jornal de Santa Catarina

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