Programa do Jô.

Ser entrevistado pelo Jô foi, além de uma honra, uma grande celebração do nosso trabalho. Quando recebi o convite, foi difícil acreditar que aquele projeto que surgiu em 2000 em uma pequena sala do Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro (CPRJ), com apenas cinco famílias, se tornasse tão frutífero e bem sucedido. O livro já era em si uma grande realização, com a possibilidade de ampliar nosso trabalho, que atendeu dezenas de famílias durante sete anos no CPRJ, para um maior número de pessoas em todo país. O Portal Entendendo a Esquizofrenia, inspirado no livro e no programa de psicoeducação, também foi um projeto ousado, já que não existia um site sobre a doença com esse nível de informação na internet. No segundo mês o portal teve mais de mil acessos e, no terceiro, bateu 5 mil visitantes! É muito gratificante saber que a informação está chegando a um número crescente de pessoas, ajudando as famílias e os portadores de esquizofrenia a conviver melhor.

Mas a entrevista no Programa do Jô teve um sabor especial. Pelo seu prestígio, seriedade e alcance público foi para mim a consagração do nosso trabalho. Um grande presente e reconhecimento pelos anos de trabalho e dedicação. Não posso deixar de agradecer a todos os familiares com quem tivemos a sorte de dividir histórias e experiências e que muito nos ensinaram. Sem eles nada disso seria possível. Sou muito grato ao Dr. Alexandre Keusen, diretor do CPRJ até 2008, grande incentivador e orientador de nosso programa, que me presenteou com o trabalho mais gratificante em meus dez anos de psiquiatria. Agradeço também à Dra. Marcia Rozenthal, com quem muito aprendi sobre a esquizofrenia nos sete anos de pesquisa no programa de Esquizofrenia e Cognição do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.

Tenho a cada dia a convicção de estarmos prestando um serviço de grande interesse público e social. Meu foco sempre foi o bem estar do paciente e de sua família e, além do que posso fazer como médico, minha missão também é levar o conhecimento e aconselhar as pessoas que hoje se sentem perdidas, sem saber como lidar com a doença. Como diz uma irmã de um paciente, “a família precisa de um pouco de luz para não lidar às cegas com a doença”.

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