Problemas de Memória
O que é memória e quais os tipos?
A memória é uma função central em nossa vida e a queixa de esquecimento é cada vez mais frequênte nos consultórios de neurologia e psiquiatria. Não somente pessoas da terceira idade, mas também jovens e adultos apresentam problemas de memória, reflexo de diferentes prejuízos que podem acometê-la.
Em primeiro lugar, é preciso saber que a memória é uma função complexa, dependente de outras funções mais básicas, como a atenção e concentração. Uma disfunção, portanto, pode ser decorrente de uma outra função essencial à boa execução da memória ou dos diferentes mecanismos que envolvem a aquisição e utilização de novas informações.
A memória pode ser dividida principalmente em duas: a de curto e a de longo prazo. A de curto prazo é mais dependente de outras funções, como a atenção e a memória de trabalho, um tipo de memória cuja função principal é dar suporte para a execução de outras tarefas. Se a memória de curto prazo for bem sucedida e a informação nela contida for importante para ser arquivada, de modo a ser lembrada posteriormente, ela é transferida para a memória de longo prazo, um grande reservatório de fatos, imagens e acontecimentos de nossa vida que ficam gravados por um longo tempo. Portanto, a memória de curto prazo é um reservatório pequeno e transitório, enquanto a memória de longo prazo seria a memória propriamente dita, o grande arcabouço de lembranças passadas.
Não basta gravar bem os fatos e armazená-los na memória. É necessário que o cérebro saiba onde essas informações foram guardadas, para que elas estejam acessíveis no momento em que for necessário lembrá-las. Seria como um enorme arquivo, com milhares de gavetas, com as informações classificadas por temas, pelo tempo em que ocorreram e com outras características relevantes, para que elas sejam facil e rapidamente resgatadas. Isso ocorre graças a um mecanismo de busca, chamado de evocação ou recuperação da memória.
Portanto, a memória teria uma fase de codificação ou gravação, outra de armazenamento e uma última de evocação. Essas três diferentes fases podem estar acometidas de maneira diferente. Em todas elas, o paciente terá a sensação de falha de memória, mas caberá ao médico identificar quais dessas fases e porquê elas estão falhando.
Quase todas as regiões cerebrais estão envolvidas na memória. A região frontal do cérebro é essencial para a memória de curto prazo, para a atenção/concentração e para a memória de trabalho. Ela também é a responsável pela codificação (transferência das informações para a memória de longo prazo) e pela evocação. A região temporal é a responsável pelo processo de armazenamento, que se inicia com a consolidação da informação na memória de longo prazo, que acontece numa estrutura do lobo temporal denominada hipocampo. Depois da consolidação, essa informação é finalmente armazenada em áreas distintas do córtex cerebral. Acredita-se que todas as áreas cerebrais estejam envolvidas no armazenamento. Esse processo complexo de transferência de informações depende de um bom funcionamento entre as diferentes áreas cerebrais. Os milhares de circuitos de neurônios precisam estar intactos para que essa transferência aconteça sem ruídos ou distorções e para que a memória seja eficiente.
Caberia aqui mais uma distinção, entre os diferentes tipos de memória. Afinal, existem memórias que temos e utilizamos de maneira inconsciente e que raramente esquecemos, como os hábitos (p.ex., como escovar os dentes, comer, vestir-se), as habilidades motoras (p.ex., andar de bicicleta, dirigir, nadar) e cognitivas (p.ex., falar, ler). Essas memórias são chamadas de implícitas, pois aprendemos desde a infância e são incorporadas e utilizadas automaticamente, sem darmos conta.
Um outro tipo de memória é chamado de explícita, pois é consciente. É esse tipo que identificamos primeiro como memória. São as lembranças de fatos e acontecimentos passados em nossas vidas, nossa biografia, as pessoas que conhecemos, etc. É uma memória que utilizamos a todo momento de forma consciente e voluntária, quando queremos, p.ex., lembrar de algo. É a memória explícita a que comumente está afetada quando nos queixamos de esquecimentos.
O que fazer diante de um problema de memória?
Primeiro deve-se procurar um médico para uma avaliação. Em todas as idades, problemas de memória podem ser sintomas de alguma doença neurológica ou de algum distúrbio psíquico. O médico vai, a partir da história do paciente, procurar diferenciar que fase da memória está acometida, avaliar se existem outros sintomas apontando a existência de uma doença e solicitar os exames complementares necessários para o diagnóstico.
Quais exames podem ser feitos para investigar um problema de memória?
Exames de sangue: para ver se existem sinais de alguma doença sistêmica que possa estar interferindo com a memória.
Tomografia de crânio ou ressonância magnégtica: para verificar a integridade das estruturas cerebrais, particularmente aquelas envolvidas diretamente com a memória (lobo frontal, temporal, hipocampos).
Espectroscopia de prótons: realizada em conjunto com a ressonância magnética para medir as curvas de metabolismo cerebral, geralmente no lobo frontal e no giro posterior do cíngulo (região próxima ao hipocampo).
Testes neuropsicológicos, principalmente testes que medem a atenção/concentração e a memória: por esses testes é possível saber exatamente qual fase da memória está comprometida ou se o prejuízo da memória é causado por outra função, como falta de atenção. p.ex.
Que doenças podem afetar a memória?
Depende da faixa-etária. Após os 50 anos é necessário estar atento para as doenças degenerativas cerebrais, como a Doença de Alzheimer, a demência vascular e outros tipos menos comum de demências, que raramente acontecem antes desta idade. Porém, em todas as idades podem ocorrer doenças ou distúrbios que prejudiquem a memória.
1) Neurológicos:
- Doenças da substância branca cerebral – lesões provocadas por micro-isquemias ou por doença vascular ateroesclerótica na região subcortical do cérebro, que podem ser causadas por hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia (colesterol alto), tabagismo, alcoolismo, entre outras.
- Acidentes vasculares cerebrais (AVC)
- Doenças desmielinizantes, como a Esclerose Múltipla.
- Tumores do Sistema Nervoso Central
- Infecções, como meningite e encefalites.
- Doenças degenerativas (demências): Alzheimer, Parkinson, Pick, Corpos de Lewy, Vascular (decorrente de AVC).
- Epilepsia
2) Psiquiátricos:
- Depressão
- Transtorno Bipolar
- Psicoses, como esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo.
- Reações ao estresse e a traumas
- Insônia crônica<
- Outras doenças do sono, como apnéa do sono.
- Transtornos de ansiedade
- Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
- TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade)
- Dependência ou abuso de substâncias psicoativas: tranquilizantes, anfetaminas, maconha, cocaína, ecstasy, LSD, álcool.
- Complicações do Alcoolismo, como a Síndrome de Wernicke e a Psicose de Korsakoff.
- Distúrbios da infância e do desenvolvimento, como oligofrenia ou retardo mental e autismo.
3) Doenças Sistêmicas
- Doenças da Tireóide
- Lúpus
- Vasculites
- Dislipidemia (colesterol)
- Hipertensão
- Diabetes
- Trombose
- Câncer
- HIV/AIDS
- Carências vitamínicas e nutricionais
Como tratar a memória?
O tratamento das disfunções da memória depende do diagnóstico e do tratamento de suas causas, como das doenças supra-citadas. Medicamentos específicos para a memória foram desenvolvidos recentemente, mas somente são indicados para as doenças que acometem primariamente a memória, como é o caso das demências (doenças degenerativas), como a Doença de Alzheimer.
Vários medicamentos possuem ação anti-oxidante e neuroprotetora, que são benéficos para prevenir o envelhecimento cerebral e, particularmente, para preservar a memória, embora não atuem diretamente sobre ela. É o caso dos antidepressivos e dos estabilizadores de humor. Estudos têm demonstrado que algumas doenças psiquiátricas crônicas, se não tratadas, podem acelerar o processo de envelhecimento do cérebro e atingir a memória mais precocemente. A depressão é um bom exemplo. Pacientes deprimidos parecem ter uma redução maior do tamanho dos hipocampos (estrutura central na memória) do que pessoas que não tiveram depressão. O mesmo parece ocorrer em distúrbios psiquiátricos maiores, como o Transtorno Bipolar. A redução do tamanho dos hipocampos guarda uma proporção direta com o tempo que os pacientes passam sob estresse, ansiedade ou depressão. Tratar, portanto, dos distúrbios psiquiátricos é uma forma de prevenir que esse envelhecimento cerebral ocorra de maneira mais rápida.
A mesma lógica serve para as doenças sistêmicas, como a hipertensão e o diabetes. Manter o tratamento e o controle rigoroso dessas doenças evita que o cérebro seja agredido por elas, prevenindo e/ou retardando possíveis consequências à memória e outras funções cognitivas.
Qual o impacto do estilo de vida e dos hábitos sobre a memória?
O estilo de vida e os hábitos alimentares também podem influenciar a memória. Vida sedentária, tabagismo, alcoolismo, obesidade, má alimentação, estresse crônico são inimigos da saúde e levam, a longo prazo, a um envelhecimento cerebral mais rápido e, portanto, a um declínio mais rápido da memória.
Quais as dicas que podem ajudar a preservar a memória?
- Atividades físicas regulares (no mínimo 3 vezes na semana, durante 1 hora)
- Parar de fumar, reduzir bebidas alcóolicas, não abusar do café ou de substâncias com alto teor de cafeína e não usar substâncias psicoativas (tranquilizantes, medicamentos que agem sobre o cérebro) sem um acompanhamento médico regular.
- Não usar drogas ilícitas (maconha, cocaína, ecstasy, LSD, entre outras), que são, sem exceções, agressivas ao cérebro.
- Emagrecer, para aqueles que estão obesos ou com sobre-peso.
- Ter, no mínimo, 8 horas de sono por dia. A memória se consolida melhor quando o corpo está descansando, ou seja, durante o sono. A privação do sono ou poucas horas de sono por dia ou sono muito fragmentado são maléficos para a memória.
- Manter sob controle o colesterol e os triglicerídeos.
- Rever seus hábitos alimentares: evitar gorduras e excesso de carboidratos/açúcares, aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas, usar nos alimentos preferencialmente os óleos de canola ou girassol e evitar o uso de óleo de soja, reduzir a ingesta de alimentos ou bebidas dietéticas que contenham aspartame (veja mais detalhes abaixo).
- Manter atividades intelectuais, através da leitura, de exercícios cognitivos (jogos que envolvem memória, estratégia, raciocínio), do trabalho ou de atividades ocupacionais que envolvam a inteligência. Para pessoas mais idosas ou que já se aposentaram, é recomendável que leêm mais, que façam palavras-cruzadas, que mantenham uma vida social mais ativa. Assistir TV e fazer atividades manuais mecanicistas (tricot, crochet) não ajudam em nada a memória e ainda tiram o tempo de atividades mais cognitivas.
- Evitar o estresse. Apesar de difícil, está demonstrado que o estresse pode ser reduzido ou melhor administrado quando a pessoa tem uma vida mais equilibrada, com tempo pré-estabelecido para as atividades de lazer e relaxamento e para momentos de prazer.
- Não relute em procurar um médico com medo do diagnóstico. Quanto mais cedo você procurar tratar de sua memória, maiores as chances de você recuperá-la. Hoje existem tratamentos eficazes que podem fazer você recuperar sua memória, melhorar sua qualidade de vida e zelar por um futuro com mais saúde.
Dicas de alimentação
Os principais nutrientes com propriedades anti-oxidantes, que protegem o cérebro do envelhecimento e são benéficos para a memória, são: o beta-caroteno, a vitamina C e a vitamina E.
1) Alimentos ricos em beta-caroteno – frutas e vegetais de cores amarelo-escuros e alaranjados, tais como: abóbora, batata-doce, caqui, cenoura, damasco seco, manga, pequi, pupunha e nos vegetais de folhas verde-escuras, como: agrião, bertalha, brócolis, couve, espinafre, salsinha.
2) Alimentos ricos em vitamina C – acerola, abacaxi, bertalha, brócolis, caju, couve de bruxelas, folha de mostarda, goiaba, laranja, limão, morango, murici, pimentão, repolho, salsinha. Atenção, pois a vitamina C é facilmente destruida pelo aquecimento.
3) Alimentos ricos em vitamina E – cereais integrais, oleaginosas, hortaliças, óleo de sementes e, em especial, o óleo de germe de trigo.
Uma alimentação variada, rica em vegetais (frutas, verduras, cereais e oleaginosas) e com um consumo moderado de carnes, leite e ovos é a melhor forma de adquirirmos anti-oxidantes através da dieta.
Texto de autoria do Dr. Leonardo Figueiredo Palmeira
>prezado dr° leonardo
sou estudante e gostaria de um remédio que poderia me ajudar na memorização.Eu estou tomamdo o por conta o nootropil, ele é bom p/ isso?Existe outro medicamento melhor?
aguardo anciosamente sua resposta.
grato:ALI
>O piracetam (Nootropil) é melhor para pessoas de meia idade que tenham dificuldades de memória, não tenho experiência com pessoas jovens. Em geral, pessoas jovens têm boa capacidade cognitiva, desde que não possuam nenhum transtorno da cognição, como o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Neste caso, o melhor seria fazer uma avaliação com um psiquiatra para ver se este é o seu caso e se seria melhor tratar um possível transtorno.Um abraço!
>Caro Dr Leonardo,
Tenho 39 anos e muita pena de ter uma péssima memória. Há quase 5 anos que tomo um antidepressivo (Anafranil, Clomipramina, na dose diária de 100 mg) que me tem sido muito útil para controlar a ansiedade que sentia constantemente, os ataques de pânico e agorafobia. Para além destes sofro também de uma forma moderada de TOC e períodos de tristeza recorrentes.
Esqueço-me facilmente das coisas no meu dia-a-dia ao contrário de outras que me lembro muito bem, mesmo que se tenham passado há muito tempo. Tenho dificuldade em concentrar-me pois estão quase sempre a passar músicas na minha mente, pensamentos desagradáveis e incómodos e "dálogos" internos silenciosos que mantenho comigo mesmo e com outras pessoas conhecidas do meu dia-a-dia ou dos media.
Para além disso durmo quase sempre pouco mais de 6 horas por dia, já que habitualmente não costumo ter sono antes da 1:00 hora e levanto-me de manhã às 7:30 horas para trabalhar. Também demoro mais que o normal a fazer as coisas, não só porque a minha mente vagueia com muita facilidade mas também porque sou perfeccionista e detesto sujidade.
Gostaria de perguntar se existe algum medicamento que melhore a memória de forma objectiva e mensurável e se para o meu caso seria aconselhável realizar algum tipo de exame médico (EEG, TAC, RM ou outro)? Obrigado pela sua atenção.
PS: acha normal que quando acabo de ler um parágrafo de um texto e tento reproduzir mentalmente aquilo que acabei de ler não o consiga fazer?
>Caro Dr Leonardo,
Tenho 39 anos e muita pena de ter uma péssima memória. Há quase 5 anos que tomo um antidepressivo (Anafranil, Clomipramina, na dose diária de 100 mg) que me tem sido muito útil para controlar a ansiedade que sentia constantemente, os ataques de pânico e agorafobia. Para além destes sofro também de uma forma moderada de TOC e períodos de tristeza recorrentes.
Esqueço-me facilmente das coisas no meu dia-a-dia ao contrário de outras que me lembro muito bem, mesmo que se tenham passado há muito tempo. Tenho dificuldade em concentrar-me pois estão quase sempre a passar músicas na minha mente, pensamentos desagradáveis e incómodos e "dálogos" internos silenciosos que mantenho comigo mesmo e com outras pessoas conhecidas do meu dia-a-dia ou dos media.
Para além disso durmo quase sempre pouco mais de 6 horas por dia, já que habitualmente não costumo ter sono antes da 1:00 hora e levanto-me de manhã às 7:30 horas para trabalhar. Também demoro mais que o normal a fazer as coisas, não só porque a minha mente vagueia com muita facilidade mas também porque sou perfeccionista e detesto sujidade.
Gostaria de perguntar se existe algum medicamento que melhore a memória de forma objectiva e mensurável e se para o meu caso seria aconselhável realizar algum tipo de exame médico (EEG, TAC, RM ou outro)? Obrigado pela sua atenção.
PS: acha normal que quando acabo de ler um parágrafo de um texto e tento reproduzir mentalmente aquilo que acabei de ler não o consiga fazer?
>ola, meu nome e daniele e tenho 26 anos,e nao aguento mais leio livros enao consigo terminar por que antens mesmo da metade ja esqueci oque ja avia lido, a sem contar que paresse que eu nem frequentei a escola tudo que aprendi ja nao me lembro,meu marido me chama de burra sera que me falta inteligencia.tenho duas filhas uma de 2anos e uma de 10 anos que esta cursando a 3 serie (primario) nao consigo nem ensinar a ela me ajuda por favor o que faser,quero tanto estudar pra faser um concurso publico mas meu marido fala que eu nao passo.
Dr. Estou muito preocupada , tenho 45 anos , tomei o remédio Amato/topiramato para enxaqueca por indicação médica e não tive como pagar o retorno da consulta, assim continuei tomando por 4 anos, sei que é um remédio fortíssimo, conclusão fiquei c dificuldade para falar, pensar, dirigir (não me lembro em q marcha está), não sei o q acabei de comer, nem o caminho do trabalho, o Sr acha q é efeito colateral do remédio/ O q eu faço? me ajude, estou com medo de estar com Alzheimer
Mônica, sugiro comentar o fato com seu médico, em primeiro lugar é muito jovem para doenças como Alzheimer, depois o topiramato pode causar prejuízos à cognição, efeitos colaterais que constam inclusive em bula. Um abraço!
Dr. tive recentemente, transtorno bipolar depressivo, tomei medicamentos como o Seroquel 50mg, Cymbalta 30mg, entre outros, e após o findar do tratamento, tendo sido curada, acabei adquirindo sobrepeso, o que levou a sonolência excessiva e muita fraqueza física e mental, reclamei com meu médico, e nada ele fez, me levando a solicitar a uma farmacéutica uma ajuda, no qual ela manipulou um coquetel de medicamentos o qual em uma semana obtive melhora física e mental. No entanto, Dr. eu estou muito inchada e com gorduras localizadas, me ocasionando desconforto e mal-estar, pois não saio mais de casa e estou frustrada. O que o Sr. me recomenda? Pois sei que essa mudança no meu corpo é em virtude dos remédios tomados!
Receitar medicamentos ou prescrever fórmulas contendo diferentes substâncias deveria ser prerrogativa do médico, e não de um farmacêutico. É um risco ingerir medicamentos ou fórmulas sem prescrição médica. Quanto aos fatores que possam ter gerado ganho de peso e cansaço, seu médico é a melhor pessoa para responder isso, pois lhe examinou e pode identificar as causas, que neste caso são individuais. Um abraço!
Meu Pai tem 77 anos e levava uma vida normal, sem estresse e a 3 meses sofreu subitamente uma redução encefálica compatível com a idade. De acordo com a tomografia, não houve AVC, o médico dele falou em AIT( acidente isquêmico transitório) ele disse que são micro isquemias, nem sempre perceptíveis em exames.
Meu Pai, ao conversar, troca as palavras e não consegue falar o nome das pessoas apesar de reconhecê-las e entender o que está acontecendo a sua volta.
Ele toma Somalgim Cárdio 100mg, Losartana + Hidroclorotiazida 50/12,5, Pressat 2,5( agora substituído por doxazosina 2mg devido a uma maior frequência urinária noturna) e Calman( agora substituído por Clorazepan 2mg por causa da insônia noturna).
Como medicação alternativa me ensinaram para dar a ele, a semente de maconha pisada em vinho moscatel, dizem que ajuda a recuperar a memória…É possível?O que achas Dr. Leonardo Palmeira?
Vania, nunca ouvi falar a respeito, realmente desconheço este tratamento, como tambem nunca ouvi falar em “súbita redução encefalica compativel com a idade”. Se é compativel com a idade não pode ser súbita, concorda? Um abraço!
Dr. Leonardo
Boa noite, tenho 33 anos e desde a infância tive dificuldade de aprendizado, e em decorrência de minha família que mudou-se muito, estudando cada ano em uma escola (desde bairro, cidade e estado), meu colegial que se estabilizou um pouco, pois fiz os três anos na mesma escola, e imaginei que poderia ter sido este o motivo. Mas já algum tempo me dei por mim, de como minha mente vaguei em coisas tolas sem sentido, discussões mentais como se tivesse com alguém pessoalmente, e que muitas vezes de uma palavra que um professor fala vou para bem longe da classe.
Fiquei muitos anos sem estudo após o segundo grau, e com 29 anos entrei na faculdade, e tenho imensa dificuldade, não de aprender, porque na hora entendo muito bem(até ajudo os colegas), mas em outro semestre, quando a uma continuação da matéria, é como se nunca havia visto aquilo… e recentemente leio varias vezes e não consigo falar o que li e tenho esquecidos de coisas do dia-dia.
Durmo em media 8 horas, tenho uma boa alimentação, sou magro. Mas sou um tanto ansioso, me desmotivo com facilidade e grande dificuldade para leitura.
Poderia me ajudar em algo?
Grande abraço
Thiago
Thiago, o ideal seria que procurasse um psiquiatra para uma avaliação. Uma testagem neuropsicológica pode ser interessante para mostrar as principais dificuldades cognitivas. Um abraço!
Olá Dr Leonardo! Sou executivo de uma empresa de tecnologia, a frente de um projeto na America Latina. Minha rotina envolve uma série de atividades paralelas, que se arrastam por semanas, as vezes meses. Durante esse tempo é necessário fazer verificações dos status dessas tarefas com algumas pessoas. Não é raro pessoas no meu grupo de trabalho me dirigir frases como: “não se lembra, falamos disso semana passada”… Ou mesmo durante uma conversa eu me esquecer do assunto que está sendo discutido naquele exato momento (agora acabou de acontecer, estava com um texto elaborado na cabeça e se foi, esqueci). Isso tem atrapalhado meu desempenho no trabalho, e eu já comecei a avisar as pessoas que minha memória é ruim, e pedir ajuda para elas para me lembrar de certas tarefas que EU deveria realizar sem esses “cutucões”. O maior prejuízo no meu dia a dia é deixar de fazer coisas importantes simplesmente porque não me lembro delas, ou me perco durante a realizações dessas taredas… Agradeço o conselho!
Ronaldo, acho que o melhor seria fazer um teste neuropsicológico para mapear suas deficiências e ver qual a melhor forma de tratá-las. Procure um psiquiatra. Um abraço!
Boa noite. Meu nome é Adriana; minha mãe, há um mês foi submetida a uma cirurgia cardíaca (substituição da válvula mitral). Hoje está em recuperação e, segundo os médicos que a acompanham, tudo correu muito bem e dentro do esperado. No entanto, desde que voltou da UTI, onde ficou por 6 dias após a cirurgia, ela tem se queixado de ouvir muito mal do ouvido direito. A audiometria constatou que há audição, porém muito baixa. Os cardiologistas dizem não haver qualquer relação com a cirurgia. Um otorrino solicitou uma RM, cuja impressão diagnóstica foi “alça vascular no óstio do conduto auditivo interno direito. Focos esparsos de hipersinal na substância branca periventricular e dos centros semiovais, de aspecto inespecífico e que podem estar relacionados à microangiopatia.” Poderia, por gentileza, nos orientar sobre o que se trata? Desde já, muito obrigada.
Adriana, não sou otorrino, sugiro consultá-lo. Um abraço!
Olá, adorei a máteria. Estou com um problema enorme de falta de memória, tem piorado nos ultimos tempos, semana passada perdi cerca de 500 reais, até hoje não sei como, não consigo nem lembrar o momento que peguei o dinheiro. guardo objetos e não acho mais, olhei na minha conta bancária e tem saques que não lembro, deixo coisas pelo caminho por onde vou, me distraio por um estante e ja largo o que estou segurando na mão em qualquer canto. A um ano perdi meu irmão de 20 anos de forma cruel, sofri muito. tenho dois filhos pequenos que elevam meu estresse nas alturas tenho problemas com meu marido, enfim são diversas coisas que acabam afetando meu psicologico. sinto muitas dores de cabeça. Tenho 23 anos, sou nova será que posso ter alguma doença, qual medico devo procurar? por favor, aguardo sua resposta.
Parabéns pela matéria.
Geiseane, procure um psiquiatra, pois isso tem tratamento. Um abraço!
Boa tarde Dr Leonardo!
Minha mãe tem 54 anos e nunca teve boa memória, porém agora a situação tem piorado e ela se esquece com freqüência de todas as atividades.
Esquece onde colocou as coisas, o que falamos com ela, etc.
Apesar de não reconhecer, justificando sempre o cansaço, estou preocupada.
Que especialidade médica devo levá-la?
Neurologista, psiquiatra?!?
Obrigada
Valeria, tanto faz, pois os dois especialistas estão habilitados a tratar de doenças que acometam a memória. Um abraço!
Dr. Leonardo, parabéns pelo artigo. Sou estudante de medicina (iniciando o 5º período) e sinto muita dificuldade em memorizar assuntos. Muitas vezes, o resultado do meu estudo intenso não sai como o planejado e, apesar de adorar o meu curso, não tenho paciência de assistir a maioria das aulas, com dificuldades de concentração e atenção. “Memória ruim” é desestimulante! Pensei que o ideal seria buscar um neurologista, mas percebi que um psiquiatra é uma excelente opção. Mais uma vez, parabenizo-o pelos esclarecimentos. Abraço.
Boa tarde doutor!!!
Tenho 37 anos e aos 34 tive uma convulsão. Fui ao Neuro, fiz exames e foi diagnosticado epilepsia. Depois de medicada tive mais 2 convulsões. Trocamos o remédio e há 2 anos não tenho nenhuma crise.
O ultimo Neuro que fui, alias, esta semana, me pediu para fazer novos exames e me explicou um monte sobre epilepsia, contudo, não pode me ajudar quanto a memória, melhor dizendo, falta dela, e também não me indicou alguém que o pudesse fazer.
Ultimamente tenho perdas de memória absurdas!!! Quando começaram, eram apenas episódios pequenos e recentes, ou alguns detalhes apenas. As vezes com o passar do tempo até me lembrava.
Porém, hoje, eu esqueço, deleto, apago, sei lá que nome usar, situações como: grandes e duradouros passeios, eventos, historias recentes e antigas, curtas ou longas… As vezes só acredito que vivi determinadas situações porque há fotos…
Necessito de ajuda quanto a que profissional procurar.
As vezes brinco e digo que daqui a pouco nem meu nome vou saber. Mas se continuar nessa proporção, tenho mel de ser tornar realidade!!!!
Antecipo agradecimentos.
Ps. Tomo hoje Lamictal 100 ( 2 vezes ao dia)
Eliane, além do neurologista, você pode procurar um psiquiatra e fazer uma testagem neuropsicológica para mapear sua cognição e compreender melhor o que está ocorrendo. Um abraço!