Doença mental é a que mais prejudica adolescentes
Mais um motivo de alerta para os pais! O tratamento precoce, na adolescência, é o caminho para melhorar a saúde mental na fase adulta e prevenir as complicações e a interrupção no desenvolvimento.
As doenças neuropsiquiátricas são a principal causa de afastamento do trabalho e do estudo na adolescência, aponta um artigo publicado na revista The Lancet. Cerca de 45% dos casos de afastamento na faixa etária de 10 a 25 anos estão associados a problemas psíquicos – especialmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno bipolar.
É a primeira análise científica que tenta traçar um panorama global de fatores que podem levar à invalidez na juventude. Os autores, da Organização Mundial da saúde (OMS), utilizaram dados de 2004 do Global Burden of Disease, levantamento internacional do impacto das doenças na família, na economia e na sociedade.
Os cientistas avaliaram um índice chamado Daly, que mede o tempo de vida perdido por morte prematura ou doença debilitante. A região que apresentou os piores índices foi a África, com valores cerca de 2,5 vezes maiores que os observados nos países ricos.
De um modo geral, o índice Daly para rapazes de 15 a 19 anos, em todas as regiões, apresentava valores 12% maiores que o das garotas na mesma idade.
As três principais causas de afastamento do estudo e do trabalho, na ordem, são: doenças psiquiátricas (45%), acidentes (12%, especialmente no trânsito) e doenças infecciosas ou parasitárias (10%).
O estudo também aponta os principais fatores de risco para a saúde durante a adolescência: pela ordem, alcoolismo, sexo inseguro, deficiência de ferro e gravidez precoce.
Em um comentário que acompanha o estudo, de John Santelli e Sandro Galea, da Universidade Columbia, os pesquisadores argumentam a necessidade de intervenções que aumentam “as conexões dos adolescentes às comunidades, escolas e famílias”. “Elas são essenciais para a promoção da saúde entre os jovens”, argumenta o texto.
Cerca de 27% da população mundial está na faixa etária analisada pelo estudo – de 10 a 24 anos – o equivalente a 1,8 bilhão de pessoas. Estima-se que, em 2032, chegará a 2 bilhões, com 90% vivendo em países de baixa ou média renda.
As doenças neuropsiquiátricas são a principal causa de afastamento do trabalho e do estudo na adolescência, aponta um artigo publicado na revista The Lancet. Cerca de 45% dos casos de afastamento na faixa etária de 10 a 25 anos estão associados a problemas psíquicos – especialmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno bipolar.
Fonte: O Estado de São Paulo
>Dados interessantes e preocupantes. O que podemos fazer para evitar essas doenças com nossos jovens? Abraços
>Gostei muito do blog!
>Gostei muito do blog!
>Olá Dr Leonardo,sou grande admiradora do deu trabalho.Seu blog tem sido um instrumento de grande utilidade pública. Desde que o descobri,sou seguidora.Sou portadora de Transtorno Bipolar, tenho dois filhos adolecentes e o mais velho desde quando nasceu é muito nervoso.Não tem rendimento nos estudos,troca o dia pela noite e quando criança tinha uns pesadelos horríveis, acordava gritando muito, mais era uma coisa muito triste de ver. E sempre fazia coco. E só parava de se debater e gritar quando acordava.Levei- o ao pediatra que pediu um exame de eletroencefalograma e não deu nada,aí ele passou lombrigueiro.
Nesta época eu ainda não havia sido diagnosticada como bipolar, mas já apresentava problemas, como depressão pós parto, pânico ou seja acho que foi um diagnóstico atrazado. Bom o que eu quero saber do Senhor, é se meu menino poderá desenvolver a minha doença ou outtro transtorno mental.Eu tenho vontade de levá-lo a um profissional, mas ele não aceita.Uma vez consegui levá-lo a uma psicóloga, ele é muito esperto e disse que eu era superprotetora e que a culpa era minha, pois eu tinha feito muitas díviddas e coloquei todos numa situação financeira muito ruim,mas já consegui recuperar.E ele continua do mesmo jeito.
Por favor, me ajude,será qque devo insistir pra ele ir ao psiquiatra?
Desculpe por tantas perguntas.
Tenha um lindo dia!
Fique na Paz de Deus.
Rosangela
>Rosângela,
em primeiro lugar eu não me preocuparia com um possível diagnóstico futuro, mas com os problemas do presente. Pelo que relata, seu filho precisa de uma avaliação e de um tratamento, possivelmente psicoterápico, mas acho que a avaliação com psiquiatra deveria ser feita, tendo em vista o histórico familiar. Sabemos que os transtornos mentais na vida adulta tem pistas na infância/adolescência, mas os quadros nesta fase de vida são muito mutáveis e respondem felizmente muito bem às intervenções. O pior cenário certamente seria não oferecer nenhuma ajuda e deixar o quadro seguir sua evolução natural. Para convencê-lo, precisa ter muito diálogo, estar do lado dele, apoiando-o, mostrando que a avaliação e o possível tratamento seriam para prevenir problemas maiores no futuro. Tente desestigmatizar ao máximo, as pessoas ficam muito assustadas quando ouvem falar de psiquiatras, é preciso levar a coisa com naturalidade, é um médico como outro qualquer, mas que olha para a alma e o sentimeno das pessoas, que as ajuda a enfrentar as adversidades da vida, acho que é por aí. Um abraço!
>Muito obrigada,primeiro pelos conselhos depois pela gentileza em responder. Seguirei seus conselhos.E saiba que foi muito importante,é uma vida que o senhor está ajudando, prevenindo possíveis prolemas que trarão consequencias indesejaveis, falo por vivencia própria e não desejo a ninguem, muito menos a um filho.
Continue esse trabalho, que é muito importante, para nós.
mais uma vez Obrigada!
Rosangela