Drogas contra depressão são pouco eficazes em caso leve a moderado
Esta notícia foi publicada no último dia 7 por alguns jornais e na internet. A fonte que cito é o Globo Online. Serve de alerta à população que faz uso indiscriminado de antidepressivos, com certeza não se refere às pessoas que estão se tratando adequadamente com seus médicos. Mas vamos abordar mais este tema aqui no blog este mês. São muitos os pacientes que me procuram após anos de antidepressivos sem uma melhora clara e isto merece mais reflexão de nós profissionais.
Nova investigação é a primeira a analisar as respostas de centenas de pessoas em tratamento de sintomas moderados. O Globo Online – Seção: Viver Melhor – 07/01/2010
NOVA YORK – Algumas drogas amplamente receitadas para aliviar os sintomas de depressão não são mais eficazes do que placebos na maioria dos casos, segundo uma nova pesquisa publicada na revista da Associação Médica Americana.
Os resultados do estudo, realizado nos EUA, podem ajudar a esclarecer o longo debate sobre o uso de antidepressivos, embora os autores não afirmem que esses medicamentos são inúteis para indivíduos com depressão moderada a grave. Porém, a nova investigação é a primeira a analisar as respostas de centenas de pessoas em tratamento de sintomas moderados.
– O estudo pode diminuir o entusiasmo com relação a antidepressivos, o que pode ser uma coisa boa – diz o psiquiatra Erick H. Turner, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon. – As expectativas das pessoas para as drogas não serão tão elevadas, e os médicos não serão surpreendidos se não conseguirem curar todos os pacientes com medicamentos. Foram revistos seis grandes estudos sobre o tema.
Mas Turner diz que os resultados não devem desestimular pacientes, a ponto de se recusarem a tentar tratamento com esse tipo de droga. A equipe – incluindo psicólogos que defendem a terapia e médicos ligados a fabricantes de medicamentos – avaliou seis grandes estudos clínicos, feitos com 728 homens e mulheres; metade deles com depressão grave e a outra parte com sinais moderados.
Três dos ensaios foram com o Paxil, da GlaxoSmithKline, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI, sigla em inglês), como o Lexapro e o Prozac etc, e os outros três com imipramina, genérico mais antigo da classe dos triíclicos. O grupo, liderado por Jay C. Fournier e J. Robert DeRubeis, da Universidade da Pensilvânia, descobriu que, comparados com placebos, as drogas causaram alívio mais acentuado nos sintomas de depressão grave, com pontuação de 25 ou mais na escala padrão de gravidade. Pacientes com pontuação inferior a 25 tiveram pouco ou nenhum benefício adicional.
>Olá doutor,
Saberia me informar se há grupos de relacionamento de pessoas com depressão leve? Algo próximo de uma terapia de grupo? Sou do Rio e um grande amigo apresenta a patologia, já diagnosticada pelo seu psicanalista, que sugeriu tratar-se com medicamentos e, diante da matéria do globo…pensei que poderia ser uma possibilidade de ajudá-lo.
>João,
na lateral direita do blog existe uma lista de grupos de auto-ajuda. Para depressão o mais indicado seria o Neuróticos Anônimos. Não conheço nenhum outro grupo do gênero. Um abraço!
>Qual o antidepressivo que causa menos efeitos colaterais na glandula prostatica?
>Existem várias opções. Os antidepressivos mais modernos, com pouco efeito anticolinérgico, são mais seguros sob este aspecto. Sugiro que converse com seu psiquiatra. Um abraço!
>Dr. Leonardo, parabéns pelo blog!
Não tenho problema nenhum para tratar com antidepressivos mas, mesmo assim, já me receitaram duas vezes. Uma vez foi um cardiologista que eu procurei porque sentia um descompasso nos meus batimentos cardíacos. Fiz vários exames mas não havia nada. Conversando com o médico, concluímos que eu estava passando por um momento de ansiedade. Então ele me receitou um antidepressivo. Outra vez foi a ginecologista que me receitou sertralina para a tensão pré menstrual.
Em nenhuma das situações eu tomei. Porém a maioria das pessoas acaba tomando. O que eu vejo muito são pessoas que tomam antidepressivos sem acompanhamento nenhum e passam o tempo inteiro com uma espécie de auto-piedade que não sei explicar. É como se o uso desses medicamentos firmasse uma espécie de pacto com a tristeza: sou doente, sou depressivo, preciso de remédio, coitado de mim. Isso me irrita bastante…rssrsss
Um abraço!
>doutor estava tomando Venlafxinade 75 e,tinha a impressao que tinha uma parede entre meu raciocinio que eu nao conseguia transpor,tinha letargia,nao conseguia cumprir com minhas tarefas ,perda de menmóra imensa,falta de animo tudo que um antidepressivo nao deveria proporcionar na minha opiniao.Eu sempre fui ativa dinamica eo remedio me botava pra traz.Tenho muitos problemas de stress por conta dos meus problemas domesticos pois moro com minha mae de 96 anos muito possecivae de genio dificil apesar da idade ,e ,ainda uma irma com deficit cognitivo toudo para administrar alem de trabalhar. Pois bem disse ao medico que o remedionao estava fazendo efeito e ele aumentou a dosageme aconteceu que fiquei com os ombros travados enrijeperder as forcascidos de tanta teesses sntomas contrarios que tive para o laboratorionsao e as pernas comecaram a perder as forcas terminei deixando de tomar o remedio pois o medico nao quis aceitar os meus argumentos. Estou relatando isso para ajudar ou enviar para que o laboratorio tome conhecimento e saber do senhor se isso é normal.So estou agora me sentido muito irritada e com medo de consultar outro psiquiatra e me tornar um robo.Eu so tenho problemas de ansiedade stress eisso me causa insonia.