Notícias sobre Esquizofrenia – Maio/09
22/05/2009 – Promessa de um novo antipsicótico para 2010
Um medicamento antipsicótico ainda em fase experimental chamado lurasidona mostrou-se eficaz em estudos de fase III (para aprovação é necessário passar da fase IV) em pacientes com esquizofrenia aguda. A medicação teve perfil de tolerabilidade favorável, com pouco impacto no ganho de peso e aumento de lipídios do sangue. A lurasidona parece se diferenciar dos demais antipsicóticos por ter uma afinidade maior sobre receptores de serotonina e, por isso, maior eficácia nos sintomas negativos, cognitivos e de humor. Existe a expectativa da substância ser aprovada para uso comercial já em 2010 (MedPageToday)…
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11/05/09 – A genética desafia o pensamento psiquiátrico tradicional
“O pensamento do século XIX sobre a esquizofrenia e o transtorno bipolar (TBH) precisa ser abandonado se a psiquiatria quiser progredir.” A afirmação é do psiquiatra e professor da Universidade de Cardiff, Inglaterra, Dr. Nick Craddock, em encontro da Sociedade de Bioquímica. “Durante mais de 100 anos o entendimento geral era de que esquizofrenia e transtorno bipolar eram doenças completamente separadas. Evidências recentes, particularmente da genética molecular, mostram que esta situação não é tão simples e que existem genes comuns às duas doenças”, complementa. As duas doenças têm forte associação genética e os genes até agora encontrados não são específicos a uma ou outra categoria diagnóstica. Um exemplo é a variação genética ZNF804A, que está associada a um risco aumentado tanto para o TBH como para a esquizofrenia, e outras variações mais raras que estariam associadas ao risco de autismo, epilepsia e esquizofrenia. Isso explicaria, em parte, a confusão diagnóstica em alguns pacientes, que recebem os dois diagnósticos (TBH e esquizofrenia) em momentos distintos de suas doenças ou então diagnósticos intermediários como o Transtorno Esquizoafetivo, por exemplo. “É necessário pensar além dos critérios diagnósticos e considerar como variações da biologia e das funções cerebrais levam a uma enorme diversidade clínica em pacientes com doenças psiquiátricas.”, conclui o professor Craddock. Os estudos genéticos ainda estão em fase inicial. Além de se descobrir as variações genéticas associadas aos diferentes diagnósticos, é fundamental compreender em que processos esses genes interferem e que conseqüências existem para o funcionamento cerebral (MedialNewsToday)…
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07/05/09 – FDA aprova nova substância para o tratamento da esquizofrenia
O FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador de medicamentos nos EUA, aprovou a substância Iloperidona (Fanapt) para uso na esquizofrenia. O medicamento é considerado um antipsicótico de segunda geração, com ação em receptores de dopamina e serotonina, com boa tolerabilidade, baixos índices de efeitos extrapiramidais (impregnação) e de ganho de peso (Forbes)…
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06/05/09 – Caminhada pela Esperança na Esquizofrenia –
Uma caminhada pela esperança na esquizofrenia está sendo organizada pela Sociedade de Esquizofrenia de Ontário, Canadá, para o próximo dia 24 de maio. Trata-se de um dia para a comunidade celebrar a esperança e receber informações sobre a esquizofrenia. Estão sendo aguardadas mais de 200 pessoas para a caminhada que, ao final, terá churrasco, gincanas e distribuição de prêmios. “Junte-se a nós nesta caminhada para ajudar no combate ao estigma e para educar nossa comunidade sobre a esquizofrenia. Através de um gesto simples você fará uma enorme diferença na vida de outras pessoas!”, diz a convocação (ChatamDailyNews.ca)…
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04/05/09 – Bullying pode desencadear problemas mentais na adolescência –
Um estudo da Universidade de Warwick, Inglaterra, revela que crianças vítimas de bullying aos 8 ou 10 anos estão duas vezes mais propensas a desenvolver sintomas psicóticos na adolescência. O risco é maior nos casos de bullying crônico ou grave. O estudo publicado neste mês na revista Archives of General Psychiatry acompanhou mais de 6400 crianças, dos 7 aos 13 anos de idade. Bullying, termo que não tem tradução em português, caracteriza-se por atitudes negativas praticadas por estudantes a uma criança, como humilhações, hostilidades, ofensas à imagem e à honra, praticadas geralmente no ambiente escolar, mas podendo acontecer em outros espaços e na internet. Os resultados mostraram que 46% das crianças sofreram bullying entre 8 e 10 anos de idade, destes 5,6% tinham um ou mais sintomas psicóticos aos 13 anos. Os pesquisadores alertam para o fato de que bullying crônico ou grave alteram a forma como o cérebro processa e responde ao estresse, podendo desencadear transtornos mentais, entre eles a esquizofrenia, em crianças geneticamente predispostas (WebMD)…
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