Pesquisa avalia relação médico-paciente em todo o mundo.
Resultados de pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), apontam aumento na proporção de consultas regulares, sem que haja um problema de saúde específico, revelando um comportamento preventivo dos pacientes em todo o mundo: de 21% em 2010, para 30% em 2011, e no Brasil, de 32% para 44%. O objetivo do estudo é medir a percepção da população mundial em relação à própria saúde e à forma como cada um se cuida, além de avaliar a relação médico-paciente.
Grande parte dos brasileiros (56%) considera o atendimento do último médico visitado como excelente ou muito bom. Na rede pública de saúde, onde ocorreram mais de 2/3 das consultas em 2011, essa avaliação é de metade dos pacientes (50%). Esse índice sobe para 70% quando analisados os profissionais credenciados dos planos de saúde, mas a maior satisfação foi dos pacientes da rede particular, com índice de 73%.
Os resultados do estudo mostram, ainda, que 55% dos brasileiros recomendariam o médico que consultaram. Este resultado supera a média mundial, que foi de 42%.
No quadro mundial, o Brasil ocupa a 20ª posição na avaliação geral da relação médico-paciente, incluindo respeito, atenção, clareza nas explicações, preocupação e entendimento do paciente, entre outros atributos. Em primeiro lugar estão Irlanda, Armênia e o vizinho Chile. Ainda na lista dos melhores avaliados, estão Austrália, Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita e Suécia. Na base, entre os piores avaliados, estão Japão, Peru, Paquistão, China e Polônia.
Uso de medicamentos
Dados mundiais da pesquisa apontam que apenas metade dos entrevistados (57%) toma a medicação exatamente de acordo com as instruções médicas, o que deve representar uma preocupação para os médicos. No Brasil, a população se mostra mais obediente às prescrições, já que o número sobe para 78%.
Sobre a pesquisa
A WIN Saúde ouviu 31.577 pessoas em 39 países para um amplo levantamento sobre a percepção da população mundial em relação à própria saúde e a forma como cada um se cuida. No Brasil, foram entrevistadas 1.373 pessoas.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) uma boa consulta médica deve exigir do profissional as seguintes atitudes:
1) Trate o paciente e seus familiares com respeito
2) Expresse-se com palavras e análises que podem ser compreendidas pelo paciente
3) Preste atenção ao paciente, ouvindo-o e observando-o
4) Entenda as preocupações do paciente
5) Demonstre interesse pelas ideias do paciente
6) Forneça as informações que o paciente busca
7) Discuta próximos passos de acompanhamento ou tratamento
8) Deixe o paciente falar
9) Demonstre que se importa com as preocupações e problemas do paciente
10) Receba o paciente de modo confortável
11) Dedique tempo adequado ao paciente
12) Cheque se o paciente entendeu o que foi discutido
13) Envolva o paciente nas decisões
14) Incentive o paciente a fazer perguntas
>Infelizmente o médico distancia-se cada vez mais do paciente e isto intimida-o, fazendo com que se torne inseguro e não pergunte o que realmente deseja saber sobre a sua doença.
Sou enfermeira, fui consultar-me com um cardiologista, colega de trabalho, foram mais ou menos 30' de consulta,destes, 20' ele gastou contactando com a CEF e com os funcionários da clínica, para que fossem pagar alguns carnês.
A anamnese foi "blitz", não me auscultou nem aferiu TA, nem solicitou exames complementares de laboratório,tipo colesterol,triglicérides,glicemia etc. Tenho 65 anos e acredito que mereço um exame cuidadoso.
Mandou que a secretária fizesse um ECG (fajuto) e me disse: você não tem nada, Cidreira.
Não me deixei intimidar e lhe perguntei: só isto?
Na maior cara-de-pau ele respondeu:sim.
Se ele agiu assim comigo que sou da área de saúde e sei como as coisas funcionam, viúva de médico,mãe de médica, como não agirá com alguém leigo…bem leigo?
Como não gosto de perder meu tempo com irresponsáveis, sai dali e nunca mais voltei,indo procurar outro médico que,realmente seja responsável e goste do que faz.
abraços.