Risco de suicídio induzido por antidepressivos.

Há algum tempo alguns médicos e cientistas vêm alertando que os antidepressivos fazem mais mal do que bem aos pacientes.

Na verdade, em alguns casos esses males podem ser alarmantes, envolvendo o suicídio.

Nada menos do que 8,1% dos pacientes que começam um tratamento com antidepressivos ou recebem um aumento de dosagem vão apresentar tendências ao suicídio nas duas semanas imediatas.

Seguindo uma lógica razoável, isso seria mais do que suficiente para que se suspendesse o uso de medicamentos que geram um efeito contrário ao que propõem e, mais do que tudo, colocam em risco a vida do paciente.

A lógica do mercado, contudo, parece ser outra, e agora uma empresa norte-americana está tentando colocar no mercado um exame para testar quais pacientes terão maior risco ao suicídio em vista da ingestão dos antidepressivos.

A Sundance Diagnostics patenteou alguns genes que ela afirma que pode ajudar os psiquiatras a não receitarem os antidepressivos para alguns pacientes.

O exame se baseia em estudos realizados pelo Instituto de Psiquiatria de Munique (Alemanha), que identificaram 79 biomarcadores genéticos que classificam os pacientes com alto risco de “suicidalidade”.

Segundo os estudos, esses biomarcadores classificam os pacientes com risco de suicídio induzido pelos antidepressivos com 91% de precisão.

Por outro lado, os pesquisadores alemães também descobriram que o aumento do risco de suicídio não se limita a indivíduos com idade inferior a 25 anos, conforme descrito nos rótulos dos medicamentos por exigência da agência reguladora norte-americana FDA.

Em vez disso, o risco de suicidalidade induzida pelos antidepressivos está presente em todas as idades, de 18 a 75 anos.

Fonte: Diário da saúde

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