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>Linkei seu blog no meu, ok?
Venho sempre por aqui.É muito interessante seu blog.
abraços
>Leia no meu blog um texto meu sobre a descoberta da bipolaridade e uma critica a alguns psquiatras que retardaram meu diagnóstico.
O texto é "meu diário"- o último que escrevi, ok?
abraços
>Mariana,
mais uma vez parabéns pelo seu blog, acho que ele é útil às pessoas que podem se identificar com sua história e tomar decisões capazes de mudar suas vidas!
Você tem toda a razão quando aborda a dificuldade diagnóstica do Transtorno Bipolar (TBH). Para nós psiquiatras, o maior desafio é distinguir entre uma crise depressiva unipolar (depressão clássica) e uma bipolar. Essa distinção faz toda a diferença no tratamento, pois no primeiro caso usa-se antidepressivos e no segundo estabilizadores de humor. E iria além, distinguir bem essas duas doenças pode selar de forma positiva ou negativa o futuro daquele paciente, uma vez que, sendo bipolar, antidepressivos poderão agravar muito o curso evolutivo do transtorno, tornando as crises ainda mais graves, aumentando o risco de suicídio e dificultando a recuperação e a retomada da vida da pessoa. Quanto aos psiquiatras anteriores aos quais recorreu, compreendo sua decepção e revolta, mas é preciso entender que a psiquiatria é uma especialidade médica que mudou muito e rápido nos últimos 20 anos. Ela saiu do campo dominado pelas ciências humanas (a psicanálise exercia forte influência na década de 70 e 80, quando existiam poucos tratamentos químicos para os transtornos mentais) e migrou fortemente para o campo da biologia e da medicina, com as descobertas crescentes sobre os mecanismos biológicos dos transtornos mentais e a psicofarmacologia. Basta ver que a grande maioria das medicações hoje disponíveis para o tratamento dos distúrbios da mente foram desenvolvidas na década de 80 e 90. Infelizmente nem todos os profissionais acompanharam esta tendência, que muitos irão contra-argumentar (com certa razão) ter sido estimulada pela indústria farmacêutica. E isto fez da psiquiatria uma especialidade híbrida, com muitas correntes teóricas diferentes. Isto não é necessariamente ruim, pois acho que a pluralidade de idéias estimula o pensamento e a ciência. Mas é preciso construir alicerces teóricos sólidos para tranquilizar nossos pacientes, para que eles tenham um tratamento assertivo e uniforme entre os psiquiatras que procurarem. Você pode acreditar que existe um grande esforço internacional neste sentido (pois essas discrepâncias não são exclusivas do nosso país!). E muito se avançou com a criação dos manuais diagnósticos (atuais CID-X e DSM-IV). Aqui no Brasil esta tem sido uma preocupação da Associação Brasileira de Psiquiatria e das Câmaras Técnicas dos Conselhos de Medicina, que oferecem constantemente cursos de atualização. Sonho com uma psiquiatria mais assertiva, que consigamos de fato reabilitar e recuperar as pessoas que nos procuram. Acho que avançamos muito, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Espero que desta vez esteja em um tratamento com o qual se sinta melhor e que de fato esteja fazendo a diferença na sua vida. Boa sorte e um abraço!
>Olá Dr Leonardo, meu nome é Eveline, tenho 19 anos e sou aspirante a medicina, com grande interesse em psiquiatria e neurologia. Parabéns pelo livro e pela iniciativa de levar necessárias informações com sensibilidade a cada mãe, cada pai, ou cada filho aflito.
Sou fã de seu trabalho,
Eveline
>Obrigado Eveline!
Medicina é um ofício que exige muita dedicação e amor ao próximo e, apesar de sobrevivermos dela, não podemos nunca perder de vista o seu cunho social.
Desejo muita sorte nesta caminhada que está apenas começando e que você faça uma bela história com a medicina.
Além de minhas atividades remuneradas, como de consultório e hospital, sempre reservei um tempo para trabalhos voluntários de cunho social e para ajudar aqueles mais necessitados. Assim surgiu a experiência com grupo de familiares de esquizofrênicos, que deu origem ao livro, e que darei prosseguimento no próximo ano em outra instituição pública. Estou iniciando agora um trabalho com jovens usuárias de crack na cidade do Rio de Janeiro. Será certamente uma grande experiência profissional e, sobretudo, humana.
Obrigado por sua participação e mande sempre notícias! Um grande abraço.