Alguém ainda duvida dos efeitos do estresse?
Adversidades e estresse na infância levam a problemas de saúde no futuro, dizem estudos
Segundo pesquisas, estresse provocado por pobreza ou abusos pode levar a doenças cardíacas e envelhecimento celular precoce.
Adversidades e estresse no início da vida podem levar a problemas de saúde no futuro e até mesmo à morte prematura, segundo uma série de estudos apresentados em um encontro da Associação Americana de Psicologia, na Califórnia.
Os estudos sugerem que o estresse na infância provocado pela pobreza ou por abusos pode levar a doenças cardíacas, inflamação e acelerar o envelhecimento celular.
Segundo os responsáveis pelas pesquisas, as experiências no início da vida podem deixar “marcas duradouras” sobre a saúde no longo prazo.
Em um dos estudos, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, analisaram a relação entre viver em pobreza e os sinais iniciais de doenças cardíacas em 200 adolescentes saudáveis.
Eles verificaram que aqueles que vinham de famílias mais pobres tinham artérias mais endurecidas e uma pressão sanguínea mais elevada.
Situações ameaçadoras
Uma segunda pesquisa do mesmo grupo mostrou que as crianças dos lares mais pobres eram mais propensas a interpretar uma série de situações sociais simuladas como ameaçadoras.
Elas também tinham pressão e batimentos cardíacos mais altos e apresentaram sinais mais fortes de hostilidade e raiva em três testes de laboratório.
Os resultados apoiam outras pesquisas que mostram uma ligação entre uma infância com alto nível de estresse e futuras doenças cardiovasculares, segundo a coordenadora dos estudos, Karen Matthews.
Segundo ela, ambientes imprevisíveis e com estresse levam as crianças a ficarem “hipervigilantes” em relação a percepções de ameaças.
“Interações com outros se tornam então uma fonte de estresse, que pode elevar o nível de estimulação, a pressão sanguínea e os níveis de inflamação e esgotar as reservas do corpo. Isso estabelece o risco para doenças cardiovasculares”, disse.
Expectativa de vida
Outro estudo apresentado na conferência mostrou que eventos na infância como a morte de um dos pais ou abusos podem tornar as pessoas mais vulneráveis aos efeitos do estresse na vida posterior e até mesmo reduzir a expectativa de vida.
Pesquisadores da Universidade de Ohio State analisaram um grupo de adultos mais velhos, alguns dos quais cuidavam de pessoas com demência.
Eles avaliaram diversos indicadores de inflamação no sangue que podem ser sinais de estresse, assim como o comprimento dos telômeros – fitas de DNA que se encurtam a cada vez que as células se dividem e que podem ter relação com doenças relacionadas à idade.
Os 132 participantes também responderam a um questionário sobre depressão e sobre abusos ou negligências sofridos na infância.
O estudo relacionou abusos físicos, emocionais ou sexuais durante a infância com telômeros mais curtos e níveis mais altos de inflamação mesmo após serem descartados outros fatores como idade, sexo, índice de massa corporal, exercícios, sono e se a pessoa era responsável por cuidar de alguém.
“Nossa pesquisa mostra que as adversidades na infância deixam uma sombra longa sobre a saúde da pessoa e podem levar a inflamações e envelhecimento celular muito antes do que em aqueles que não passaram por isso”, disse a coordenadora do estudo, Janice Kiecolt-Glaser.
“Aqueles que sofrem diversas adversidades podem encurtar sua expectativa de vida entre 7 e 15 anos”, afirmou.
Fonte: BBC Brasil
>É por isso que em países como EUA, Canadá e Japão a longevidade é maior, porém são poucos os que conseguem viver até os 115 anos.Considerando que no Brasil a expectativa de vida é em torno de 72,5, se conseguirmos colaborar com um tratamento efetivo para que um doente mental viva até os 90 anos, será ótimo. A partir do nascimento e no decorrer da vida o indivíduo já está sujeito a estresse,não tem como evitar, porém tem como minimizar os efeitos, é importante que se diga que há varios tipos de estresse (agudo e crônico), ter um familiar com esquizofrenia aumenta a sobrecarga de estresse para a família, viver num país de terceiro mundo tb aumenta o nível de estresse ( o trânsito, a violência, o descaso das autoridades, e com isso, a falta de solidariedade e fraternidade aos doentes). Os médicos e enfermeiros tb frequentemente estão expostos a situação de estresse no ambiente de trabalho e isso repercute no tratamento oferecido aos doentes. É necessário frisar que muitos transtornos mentais aumentam a gravidade quando são causados por eventos traumáticos (por exemplo uma internação mal sucedida no primeiro surto, o uso de ECT indiscriminado), e o que observo é que o uso de antipsicóticos atípicos e típicos tem vários efeitos colaterais, alguns causam enfarte. Assim é necessário uma monitoração e acompanhamento do paciente durante o tratamento e tb avaliar a possibilidade dos efeitos colaterais pelo uso do medicamento a longo prazo, tratando o doente com respeito,pq se não houver empatia entre o doente e o médico o nível de estresse pode aumentar. E um doente mental já tem estresse demais, pra que sobrecarregar?
>Prezado Dr. Leonardo, boa tarde,
Meuno mome é Evane. Devido a sintomas de Labirintite durante 10 anos, após o otorrino fazer todos os exames sem diagnóstico de Labirintite, encaminhou-me par o Neurologista. Este solicitou uma Ressonância Magnética e um Eletroencefalograma. Ainda não tenho o resultado ao Eletro, mas a ressonância deu o seguinte: Opninião: Avaliação por ressonância magnética do encéfalo evidenciando pequenos focos hiperinensos em T2 e na sequência FLAIR em situação supratentorial, que podem estar relacionados a microangiopatia. Sinusopatia edmoidal a direita.
Tnho 48 anos,casada, tenho 2 filhos. Tenho um trabalho que é para mim muito estressante. Agradeço muito a oportunidade de poder fazer este contato. Abaraços.