Novo manual da psiquiatria será lançado em maio em São Francisco, EUA.
Entre os dias 18 a 22 de maio de 2013 ocorrerá em São Francisco, Califórnia, o 166º Congresso da Associação Americana de Psiquiatria (APA), o maior evento da psiquiatria mundial em número de psiquiatras. Este ano será particularmente importante, pois será o lançamento do 5º Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM-5, o mais influente manual psiquiátrico em conjunto com a CID, da OMS. A versão anterior, DSM-4, é de 1994, portanto, a DSM-5 vem com a enorme responsabilidade de refletir as mudanças da psiquiatria nesses últimos 19 anos.
Eu estarei lá para acompanhar este evento histórico, afinal me formei psiquiatra na era da DSM-4 e pude acompanhar muitas mudanças diagnósticas e terapêuticas ao longo da última década. Em função do Congresso da APA, viajo de férias entre os dias 4 e 17 de maio e depois vou a São Francisco para o encontro. Estarei, portanto, ausente de minhas atividades até o dia 25 de maio.
Caso seja paciente e precise entrar em contato comigo, pode fazê-lo por e-mail. Em caso de emergência ou de necessidade de atendimento psiquiátrico, faça o seu login no site (login= seu email/ senha= seu primeiro nome em letra minúscula) e acesse a área destinada à emergência, onde poderá encontrar o contato de psiquiatras que estarão de sobreaviso na minha ausência, ou clique aqui.
Um abraço a todos e até breve!
Dr Leonardo me ajude tenho 3 diagnosticos:esquizofrenia f20,bipolar f31.5 e depressao f32.3 mas qual desses eu me encaixo sera que tenho f25.2 esquizoafetivo depressivo para ser esquizoafetivo tem que ter no passado 2 cid diferentes 1 de esquizofrenia e outro de bipolar? E possivel uma pessoa ter os dois cids ou um exclui o outro ou os dois juntos = esquizoafetivo. Me ajude nao entendo isso afinal nao sei o que sou e o que tenho. Sera que o dsm-V explica isso?
Marco, na verdade são diagnósticos distintos que não se complementam e não devem ser usados como diagnóstico na mesma pessoa. Provavelmente existe uma contiguidade entre Transtorno Bipolar, Transtorno Esquizoafetivo e Esquizofrenia, o que faz com que muitos pacientes fiquem na fronteira desses transtornos e recebam dois ou mais diagnósticos ao mesmo tempo. As pesquisas mostram origens genéticas comuns entre eles e clinicamente existem pacientes que compartilham características comuns aos três (p.ex. delírios e alucinações), mas através do acompanhamento longitudinal, ou seja do tempo e da resposta ao tratamento, é possível concluir por um dos três diagnósticos. Esses diagnósticos têm estabilidade e foram mantidos pela DSM-V, o que na prática significa que raramente um paciente bipolar “vira” esquizofrênico ou esquizoafetivo e vice versa. Talvez você ainda não tenha um tempo de doença suficiente que permita ao seu médico “fechar” um diagnóstico. Felizmente a forma de tratá-los está cada vez mais parecida depois dos antipsicóticos de segunda geração, o que faz desta discussão muito mais teórica do que prática, embora eu concorde que o diagnóstico final seja importante, até para formular estratégias de intervenção psicossocial e de recuperação, que podem ser diferentes para cada diagnóstico.